Muitos jovens se prepararam intensamente, assim como eu, para participar da 26ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ), aberta na terça-feira (16/8) e que se estendeu até domingo (21/8) em Madri, na Espanha. No meu caso e, creio, no caso de tantos outros jovens, foi a primeira participação em uma JMJ. A expectativa de ser uma experiência única se concretizou. Milhares de jovens do mundo inteiro se reuniram neste grande evento da Igreja Católica. Era visível a alegria dessa juventude sedenta de Deus. Pude constatar que a Igreja Católica é viva e jovem!
Ao ler a mensagem do Papa Bento XVI, divulgada no dia 6 de agosto de 2010, dirigida aos jovens do mundo inteiro, refleti sobre a seriedade traduzida no tema desta Jornada: “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé”. Precisamos construir a nossa ‘casa’ na solidez e na rocha que é Jesus. O caminho nada mais é do que colocar em prática o que se ouve sobre os ensinamentos do Evangelho e da Igreja. É isso que nós jovens fomos buscar em Madri. Ouvir a palavra do Pastor, participar bem das catequeses e viver intensamente cada momento. A palavra de ordem foi romper as barreiras e os preconceitos das diferentes culturas para encontrar em cada irmão a linguagem do amor.
Ao olhar para a multidão de jovens dos 5 continentes eu me perguntava: “O que atrai esses milhões de jovens a estarem todos reunidos aqui em Madri?” Essa pergunta ecoava em meu coração porque os obstáculos eram desafiadores. O clima em Madri era de verão, caminhávamos por horas a pé debaixo do sol de 40 graus, sem falar que, ao chegar nos colégios onde dormíamos, tomávamos banho gelado por apenas 3 minutos. Eu particularmente não sabia que eu tinha tanta resiliência e resistência para tudo que eu enfrentei. Foi uma bela surpresa!
Eu comecei a refletir que todo ser humano busca encontrar-se consigo mesmo e com esse Deus que está acima das coisas naturais. Só Deus poderia atrair uma multidão de 2 milhões de jovens para enfrentar esses desafios e se encontrar com o Papa Bento XVI e dele ouvir as orientações para a vida inteira. A juventude tem sede da verdade, tem sede de Deus e as palavras de Bento XVI em 2005 foram comprovadas: “A Igreja Católica é viva e jovem”.
Após viver intensamente a jornada eu tive a oportunidade de conhecer as cidades de Madri, Toledo e Ávila. Cidades maravilhosas que exalavam cultura. Dentre diversos locais que visitei o que mais chamou atenção foi o Museu do Prado, um dos mais importantes do mundo, porque a maioria das obras de arte eram Cristãs e refletiam o Cristianismo de uma maneira belíssima e simbólica. A arte manifestada em cada quadro refletia o mistério do Cristianismo e a força da Igreja Católica. Em um país secularizado que aos poucos foi perdendo sua fé existe uma riqueza de cultura Cristã que me encantou.
Como jovem missionária e apresentadora do programa “Revolução Jesus” na TV Canção Nova, ouso dizer que a Jornada está contribuindo para a missão que me é confiada: a evangelização da juventude brasileira. O olhar do estrangeiro me ajudou a enxergar as diferentes realidades da juventude atual, os diversos carismas e os modos de vivenciar o Evangelho.
Como a próxima JMJ será realizada no Brasil, o Cristo Redentor estende seus braços para receber a juventude do mundo todo e nosso pastor: o Papa Bento XVI.
Fernanda Soares
Curso de Jornalismo