A experiência que vivi na JMJ 2011
No dia 15 de agosto de 2011 parti do Brasil rumo a Madri, Espanha. Era a minha primeira viagem de avião e minha primeira participação em uma Jornada Mundial da Juventude, um sonho sendo realizado. Me preparei o quanto pude para viver intensamente esses 10 dias na Europa. Foi uma semana de encontro da juventude e em seguida uma semana de peregrinação por lá.
O clima que a Jornada nos proporciona faz com que a nossa garra e força de jovem venha a tona. Logo no primeiro dia pude me deparar com a minha juventude que é movida a desafios e a partir daí já entrei em uma jornada que me levou a ganhar muito mais experiência, conhecimento, liberdade, curiosidade, vontade, emoção, alegria, entusiasmo, cultura, satisfação, amor, respeito, partilha, amizade e ainda o que me foi de mais valioso nestes dias, aprendi a amar muito mais a Igreja Católica e o Papa.
Vivi muitas situações difíceis como: banho muito gelado, dormir no chão de salas de aula em uma escola com 650 pessoas, fila para ir ao banheiro, para pegar o metrô, para comer, fila de 1 hora para tomar banho, calor de 40º, muita dor nas pernas e pés inchados de tanto andar, o medo que senti quando sai do metrô e escutei “fora” e sem entender muito vi que era um protesto de madrilenos contra a visita do Papa ao país… Mas nada disso me abalou ou me impediu de viver uma das melhores experiências da minha vida.
Porém vivi muito mais intensamente momentos bons. Posso contar aqui os dois momentos mais emocionantes para mim nesta jornada: primeiro quando desci do trem e me encontrei com centenas de jovens caminhando para o local da vigília com o Papa. Ali me emocionei e questionei o que faz esta quantidade de jovens estar aqui? E no meu coração já veio a resposta: É Deus que os faz estarem aqui! O segundo momento marcante também foi na vigília, quando começou a chover e ventar muito. O Papa ali teve motivos para sair; até mesmo um dos guarda-chuvas que estavam segurando para ele voou. Mas ele não foi embora. Ficou até o fim e se fez um conosco. Isso me edificou!
Sem contar a cultura rica daquele país que me deixou encantada com a história da Igreja, dos reis e rainhas dos séculos passados. Até mesmo o povo que pede esmolas naquele lugar tem cultura, usam da arte para ganhar dinheiro.
Nunca mais esquecerei estes dias que vivi em Madri, saudades no coração, aprendizados na minha mente e riqueza espiritual para minha alma.
Trocaria mais dez dias de minha vida cotidiana que amo muito, para viver dez dias como esses quando experimentei uma força e uma unidade que não havia ainda experimentado antes, capaz de movimentar o mundo por causa de um nome: Jesus.
Camila Leite Diniz
Aluna do Curso de Jornalismo